Olá!

Caso precise de ajuda você pode falar diretamente com a gente através do WhatsApp!

Clique no botão abaixo para ser redirecionado e um dos nossos atendentes vai lhe ajudar!

CONVERSAR COM ATENDENTE

compartilhe esse carinho

Climatério sem tabus: entenda as características dessa fase e o que pode ser feito para amenizar os sintomas e viver melhor

Reunimos as principais dúvidas sobre a tão temida menopausa e o desconhecido climatério, e pedimos para a nossa estrela convidada, a ginecologista Carla Iaconelli, diretora da Clínica Elo Medicina Reprodutiva, responder uma a uma para nós! Bora entender juntas essa fase da vida?

Nunca se falou tanto sobre menopausa quanto atualmente. Pudera: de acordo com as últimas estimativas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), calcula-se que no Brasil existem, aproximadamente, 29 milhões de mulheres entre climatério e menopausa, o que totaliza 27,9% da população feminina brasileira. E com a expectativa de vida aumentando, estima-se que passaremos ¼ ou mais de vida na fase do climatério, ou seja: não reprodutiva. 

No entanto, mesmo sendo inevitável e necessário falar sobre isso, muitas mulheres ainda encaram a menopausa com preconceito e ainda falta informação. Uma pesquisa intitulada 1º Estudo da Essity sobre Menopausa e suas Etapas – 2022 –  aponta que 32% das mulheres relacionam a chegada da menopausa à velhice e mais da metade (52%) não gosta de comentar sobre o tema. E uma das provas que sabemos muito pouco sobre essa fase da vida é o fato de confundirmos menopausa com climatério ou achar que são sinônimos. Não são. Veja abaixo informações preciosas para você ter mais conhecimento sobre a saúde feminina e, quem sabe, se preparar melhor para a entrada nessa fase. As informações são da ginecologista Carla Iaconelli, especialista em reprodução assistida, diretora da Clínica Elo Medicina Reprodutiva:

1. Menopausa e climatério são a mesma coisa?

Não. A menopausa é, assim como a menarca, um nome dado a um sangramento. A menarca é o primeiro e a menopausa é o último. Mas como nosso corpo não tem interruptor de liga e desliga, o período de transição de ciclos ovulatório e menstruais para a ausência de ovulação é longo e pode durar de 5 a 10 anos. É o chamado período de perimenopausa ou climatério, que é um período de mudanças lentas e, por vezes, intensas que, como a adolescência, traz questionamentos e aprendizados sobre o funcionamento do nosso corpo e fase de vida.

A perimenopausa pode iniciar anos antes de pararem as menstruações, e os sinais muitas vezes são ignorados ou negligenciados por nós mesmas e por profissionais de saúde. Como os hormônios produzidos pelos ovários (estrogênio e progesterona) têm receptores em muitos órgãos e tecidos do corpo, os sintomas são diversos e uma vez que a produção dos mesmos começa a cair, cada mulher sente de uma forma. A média de idade que as mulheres têm a última menstruação é de 50 anos, sendo que a maioria das brasileiras estarão na menopausa entre 45 e 55 anos. No entanto, a partir dos 40 anos, já é esperado que a menopausa aconteça. E se acontecer, apesar de ser antes da média, não é considerada menopausa precoce. Abaixo dos 40, aí sim consideramos que houve a menopausa precoce.


2. Quais são os primeiros sinais que indicam o climatério a caminho ou já acontecendo?

Um dos primeiros sinais é o encurtamento dos ciclos ou alguma irregularidade, uma mudança no padrão dos ciclos; depois vem a insônia e os calores atrapalhando nossa noite; a memória e o humor se alteram; a libido fica baixa e a gordura começa a querer se acumular em locais indesejados. Entre outras coisas como a densidade óssea e a massa magra que diminuem e as mucosas da vagina e da uretra ficam finas causando secura vaginal, perda de urina e dores na relação sexual.

 3. E o famoso calorão? Por que é causado e quais suas características?

Esse sintoma é bem indesejado, 70% das mulheres na menopausa passarão por esse episódio, também conhecido como fogacho, que tem como característica surgir “do nada”, principalmente na parte superior do corpo, dura em torno de 5 minutos e pode surgir diversas vezes ao dia.  A sensação é de calor, acompanha rubor facial, às vezes, aumento da frequência cardíaca, sudorese e mal-estar. Está relacionado a queda dos níveis de estrogênio no sangue, levando a um descontrole do hipotálamo – aquela glândula que fica no cérebro e, entre outras funções, controla nossa sensação de temperatura.

4. Mas existem muitos outros sintomas associados, certo? Quais são os mais prevalentes na população? 

O mecanismo de ação que leva aos sintomas é a queda do estrogênio e da progesterona, dois hormônios importantes para a manutenção da saúde e bem-estar feminino. Muitos órgãos e sistemas sentem falta da ação destas substâncias. No cérebro, por exemplo, a falta de estrogênio aumenta o risco de demência e prejudica a memória e o humor. Os ossos ficam mais fracos e aumenta o risco de osteoporose e fraturas, os músculos atrofiam e a quantidade e distribuição de gordura pioram. Ou seja, o corpo todo sente a falta dos hormônios ovarianos. Até o prazer é afetado pelas mudanças hormonais e a mulher fica mais propensa a ter baixa na libido e sentir dor nas relações por conta da secura vaginal.

5. É verdade que as chances de engravidar nessa fase de transição para o climatério se tornam maiores e, que, inclusive, aumentam as chances de gestações múltiplas?

Nós, humanas, fomos “desenhadas” para termos um bebê por vez, a gestação única é mais segura pois leva a menores riscos maternos-fetais. O controle da quantidade de óvulos a serem liberados é função do ovário. Na perimenopausa, no entanto, há uma disfunção ovariana, levando à irregularidade menstrual, o que, além de tornar difícil o controle dos dias férteis, eleva o hormônio FSH (hormônio folículo estimulante) e diminui os níveis do hormônio antimulleriano (AMH). E isso leva a um descontrole da quantidade de óvulos liberados por evento ovulatório, tendo maior risco de gravidez nesse período e de gestações múltiplas.

6. Muitas mulheres ainda recebem a orientação de esperar os sintomas, especialmente calorões e baixa libido, regredir espontaneamente em alguns meses. Mas esses sintomas podem durar por anos, certo?

Os calorões podem durar um ano, 10 anos, 20 anos. Nunca saberemos como será a não ser atravessando esse período sem fazer tratamento algum. Os sintomas de fogacho e baixa libido são apenas alguns sintomas relacionados à falta de estrogênio. Nenhuma mulher é obrigada a passar por isso sem tratamento a não ser que haja uma contraindicação. Em condições normais, em que a reposição hormonal oferece muito mais benefícios do que riscos, se o médico em questão falou para esperar passar, mude de médico.

7. Falando em reposição hormonal, então ela é um bom caminho? 

A reposição é um caminho mais suave para a maturidade, a menopausa é um evento natural, assim como a adolescência, uma fase de transição que tem sua beleza e deve ser vivida em sua plenitude, com qualidade de vida. E sim: a reposição hormonal prolonga a vida e o bem-estar das mulheres. E é ainda melhor quando ela é pensada antes deste período do climatério chegar, pois evidências científicas recentes demonstram maiores benefícios se iniciadas nos primeiros 5 anos dessa fase de transição.

[vtex blocktype=”products” ids=”245″]

[vtex blocktype=”products” ids=”246,908″]

Esperamos que este artigo tenha sido um bom aliado para você. E se você ainda tem dúvidas sobre a menopausa e o climatério, deixe seu comentário neste post que teremos o maior prazer em responder!

Veja mais peças brilhantes deste designer

Nossos temas favoritos