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Hannukah: você conhece a celebração judaica para o período comumente conhecido como Natal?

Dezembro é um mês festivo marcado pelo Natal, mas você está familiarizado com a celebração no judaísmo? Conhecido como Hanukkah ou Festival das Luzes, este período comemora a vitória dos judeus em meio a uma profunda opressão, simbolizando a triunfo da luz sobre a escuridão. No entanto, a luz vai além de uma simples metáfora nessa festividade. Acompanhe essa história única.


Qual a origem do Hannukah?

A história do Hannukah remete ao período de 168 a.C., no qual Jerusalém foi invadida por um grupo étnico com forte poderio militar conhecido como selêucidas ou greco-sírios. Eles não apenas invadiram a cidade, como também tomaram o Templo Sagrado para os judeus, proibindo a leitura do Torá e impondo a adoração de divindades alheias à cultura judaica, como Zeus e outros deuses gregos.

Com o tempo, outras práticas fundamentais para o judaísmo foram sendo criminalizadas, tais como a circuncisão e o Shabbat, sob pena de morte, chegando a sacrificar porcos no altar do templo, prática considerada extremamente ofensiva à fé judaica.

Aos poucos, os judeus foram se organizando em pequenas revoltas, todas fortemente repreendidas pelos selêucidas, em geral com represálias que tinham por objetivo também ofender cada vez mais os valores fundamentais para os judeus, chegando ao extremo de serem obrigados a comer carne de porco e curvar-se diante de ídolos, práticas proibidas em sua cultura.

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A luta e a vitória dos judeus 

Neste contexto de forte opressão, Mattathias, o sumo sacerdote do vilarejo, enfrentou os soldados, recusando-se a obedecer às práticas impostas. Após conseguir matar alguns de seus inimigos, fugiu com sua família para as montanhas, o que acabou por encorajar outras pessoas que se uniram ao movimento e também começaram a resistir às imposições de seus opressores. Este grupo de rebeldes daria origem posteriormente ao povo Macabeu, conhecido entre os judeus.

Após três anos de luta, os macabeus conseguem finalmente expulsar todos os selêucidas do templo sagrado e da cidade de Jerusalém, recuperando o poder político e a liberdade de culto religioso.

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A purificação e o milagre de Hannukah

Após a expulsão dos selêucidas, era necessário purificar o templo sagrado, em razão dos porcos que lá foram sacrificados e das outras práticas ofensivas às tradições judaicas. Para isso, a Menorah (candelabro de sete braços) deveria ficar acesa por oito dias. Entretanto, o azeite era suficiente para apenas um dia, o que ocasionou o que os judeus acreditam ser um milagre, pois as luzes ficaram acesas por todos os oito dias de purificação.

Esta é a origem do Hannukah e razão pela qual ele é também conhecido como Festival das Luzes.

Como é a festa do Hannukah?

Durante o Hannukah é muito comum que se comam alimentos fritos, para celebrar o milagre do azeite. Os pratos típicos são as latkes, panquecas de batata, e sonhos recheados de geleia, chamados sufganyots.

É uma tradição para ser comemorada em família, os familiares unem-se e trocam presentes. Ao todo são oito dias de festa, assim como os oito dias de purificação do templo, e a cada dia, os familiares trocam presentes diferentes.

A Memorah deve se manter acesa durante os oito dias da festa. Muitas famílias esperam todos os familiares chegarem após o pôr do sol do primeiro dia, acendem-na juntos e iniciam a comemoração. Ela é colocada perto da porta ou da janela, e muitas vezes, enquanto é acesa são entoados cânticos sagrados.

O que é o jogo do Hannukah?

O clima da festa é de alegria, com um elemento principal para a diversão conhecido como dreidel, um pião de quatro faces, cada uma com a inicial da frase: Gimel Nun Hei Shin, isto é: “grande milagre aconteceu lá” (em Jerusalém).

O jogo do Hannukah consiste em fazer apostas a respeito de qual das faces o pião irá parar. Quem acertar, fica com o valor das apostas.

Além disso, há outros costumes como presentear as crianças com dinheiro, que em alguns países, como Estados Unidos, foi substituído por moedas de chocolate.

A prática do Hannukah tem outras variações, já que a cultura judaica é diversa e encontrada em todos os cantos do planeta. O que fundamenta cada uma delas é a valorização da liberdade religiosa, da fé numa luz protetora e numa força maior e também na vitória contra as forças de opressão.

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