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Alimentos orgânicos: o futuro realmente é ancestral


Infelizmente não é novidade que a ingestão de agrotóxicos causa uma série de doenças em nossos corpos, como náuseas, tonturas, dores de cabeça, alergias, entre outras. Também sabemos que o uso indiscriminado de agentes químicos nas lavouras, assim como a mecanização excessiva das práticas agrícolas, ocasiona consequências para a terra, o ar, a água e os trabalhadores do campo. O bom é que também observamos um movimento de conscientização da população acerca desse tema, assim como o aumento das opções de compra de alimentos sem veneno no Brasil. Stellar procurou Você saber por que atualmente estamos nessa condição alimentar? Quais são os protagonistas da produção e venda de alimentos orgânicos no Brasil? É possívelVocê sabia que dá para planejar e encomendar a feira de orgânicos sem sair de casa? Preparamos um tutorial incrível sobre este tema, pensando na saúde das nossas crianças e no futuro que queremos para o planeta e condições dignas de trabalho.

Por que consumimos tantos alimentos com veneno no Brasil?

Lamentavelmente o Brasil é recordista mundial no consumo de agrotóxicos, e muitos institutos, como o Instituto Nacional do Câncer, alertam para as graves consequências deste consumo. O que nos trouxe a este cenário foi um processo histórico mundial iniciado na década de 1970 conhecido como Revolução Verde, que consistiu no aumento do uso de máquinas na produção agrícola, aumento na pesquisa e uso de insumos químicos na agricultura (não apenas com objetivo de combater pragas, mas também na adubação) e monocultura.


O que acontece no Brasil é a combinação de um território continental associado à intensa produção de commodities. Esta combinação fez com que as inovações trazidas pela Revolução Verde se instalassem no território brasileiro com fraca regulação governamental, o que gerou o atual cenário, que polui o meio ambiente e também prejudica a saúde.


Quais são as opções de produção de alimentos sem agrotóxicos?

A produção orgânica de alimentos acontece por meio de um sistema integrado de manejo do solo e das espécies vegetais que observa, estuda e respeita os ciclos biológicos, para que haja, de fato, sustentabilidade. Um grande nome na pesquisa desta área é a talentosa engenheira agrônoma Anna Primavesi, reconhecida internacionalmente pelas suas contribuições nos estudos das possibilidades de alimentar a população brasileira de maneira sustentável. 


Para que a produção de alimentos não sobrecarregue o solo e possa ser feita sem uso de insumos químicos, é necessária a combinação de diferentes espécies na lavoura ao mesmo tempo, combinando plantas que dialogam entre si em suas necessidades. Por exemplo: uma plantação de milho pode ser combinada com a plantação de abóbora e de feijão, pois o caule do milho cresce para cima, gerando sombra para a abóbora, que por sua vez tem o caule que cresce rente ao solo, evitando a hiper-exposição solar e mantendo os nutrientes. O feijão possui o caule que precisa se apoiar no milho e fertiliza naturalmente o solo, já que libera nitrogênio ao longo de seu crescimento. Assim, as três espécies, se plantadas juntas, possibilitam uma agricultura sustentável, menos suscetível às pragas e doenças, e com adubação natural.


Essa produção, conhecida como agroecologia, apresenta largo potencial de expansão no Brasil, e ja pode ser encontrada em muitos pontos do país.

Quem são os maiores produtores de alimentos orgânicos no Brasil?

O Brasil em sua grandeza, além de ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, também é um país em grande expansão na produção orgânica, sendo considerado líder do setor na América Latina.


Segundo pesquisa do Sebrae, o mercado movimenta cerca de R$ 3 bilhões anualmente. A maior parte da produção se concentra em cooperativas e agricultura familiar. Os maiores estados na produção de orgânicos são: Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo.


O governo federal possibilita aos consumidores a consulta ao Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, por meio do link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/cadastro-nacional-produtores-organicos . Observa-se que atualmente a maior parcela de alimentos orgânicos produzida no Brasil vem do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, maior produtor de arroz orgânico da América Latina e grande exportador do produto. Nele trabalham famílias organizadas, muitas chefiadas por mulheres, a partir de técnicas ancestrais de produção.

Além do MST e das cooperativas, as ecovilas, a agricultura urbana e periurbana também concentram boa parcela da produção de alimentos orgânicos no Brasil, apresentando imenso potencial para desenvolvimento na área.

Onde comprar alimentos orgânicos?

Para introduzir na rotina o hábito de comprar orgânicos, é importante conhecer algumas opções, adequando a compra ao nosso cotidiano. Na cidade de São Paulo, as principais lojas que oferecem alimentos orgânicos frescos são:

  • Instituto Chão: localizado na Vila Madalena, a loja é fruto de uma associação sem fins lucrativos, que oferece os alimentos a preço de custo, sugerindo a contribuição de 35% no valor para a manutenção do espaço e pagamento justo dos colaboradores. Além de frutas e hortaliças frescas, você também encontra café, manteiga, carnes, ovos, suco e outros alimentos. O espaço também oferece serviço de café e lanches.
    Endereço: Rua Harmonia, 123, Vila Madalena. Segunda a sábado, das 8h às 14h.
  • Parque da Água Branca: no espaço localizado na Zona Norte da cidade, ocorre três vezes por semana a Feira do Produtor Orgânico da Associação da Agricultura Orgânica. A feira ocorre no estacionamento do parque e possibilita o comércio diretamente entre o produtor e o consumidor. Além de frutas e hortaliças, há também pão artesanal, bolos e biscoitos.
    Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 455, Perdizes. Terça, sábado e  domingo, das 7h às 12h.
  • Mercado Aldeia: pequeno mercado em Moema que oferece, além das vendas no mercado, almoço e café. A ideia é experimentar nas refeições os alimentos oferecidos no mercado e também aprender a cozinhá-los.
    Endereço: Av. Cotovia, 385, Moema. Segundo a sábado, das 8h às 21h.
  • Terra Orgânicos (Box 144 do CEAGESP): um dos maiores distribuidores de alimentos orgânicos do estado, o Box 144 durante a semana atende apenas encomendas de restaurantes e mercados, porém aos sábados é possível comprar no varejo. Os alimentos são bastante frescos e há algumas opções de sucos e processados.
    Endereço: CEAGESP Pavilhão HFM (entrar pela Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946, portão 14, é possível estacionar bem na frente do Box). Sábados das 8h às 16h.
  • Sacolão da Lapa: o sacolão já é tradicional entre os moradores da região, e apresenta em seu interior um espaço interno destinado apenas ao comércio de alimentos orgânicos. O diferencial é que também é possível encontrar opções de verduras e legumes já lavados, picados e embalados a vácuo, além de estar aberto todos os dias, com amplo horário de atendimento.
    Endereço: Rua Caio Gracco, 322, Lapa. Segunda a sábado, das 7h às 21h; Domingo e feriado, das 8h às 15h.

Caso você esteja fora de São Paulo, é possível também consultar as opções da sua região no Mapa de Feiras Orgânicas: https://feirasorganicas.org.br/.

Opções de delivery de orgânicos

Se a ideia é facilitar e fazer a feira da semana pela internet, também podemos contar com algumas boas opções de delivery de alimentos orgânicos, entre elas:

  • Raizs: site que oferece venda com entrega semanal, a partir de cestas montadas pelos próprios clientes e entregues em casa. Além de frutas, legumes e verduras, há também temperos, ovos, pães e laticínios, assim como café, vinho e carnes. https://www.raizs.com.br/

  • Site dos orgânicos: um dos pioneiros na área, o site atua há mais de 20 anos vendendo alimentos orgânicos pela internet. Com opções a granel, além de cestas pré-montadas e diversos planos de assinatura mensal. https://sitedosorganicos.com.br/

  • Mercado Diferente: a proposta é, além de fomentar o consumo de alimentos orgânicos, também educar para o combate ao desperdício, incluindo nas cestas os alimentos que comumente sobram nas feiras por estarem com a aparência pouco convencional, mas com bom padrão de qualidade. Assim, as cestas tornam-se mais baratas. https://www.mercadodiferente.com.br/

  • Comunidade que Sustenta a Agricultura: comunidades espalhadas por diversas regiões do Brasil, que fazem a ponte entre os produtores e os consumidores, sem fins lucrativos e sem cobrança de taxas. O consumidor paga um valor mensal e recebe os alimentos que foram produzidos no período, sem poder escolher os itens da cesta, mas aprendendo a se adaptar às necessidades da época do ano, assim como pede a natureza. É uma forma de conhecer novos alimentos, ampliando o repertório do paladar e construindo maior autonomia alimentar. Para participar, é necessário, consultar o site e encontrar o ponto de entrega mais próximo à sua residência. https://csabrasil.org/

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