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Postado 14 de março de 2023 em Mundo melhor por Stellar
Infelizmente não é novidade que a ingestão de agrotóxicos causa uma série de doenças em nossos corpos, como náuseas, tonturas, dores de cabeça, alergias, entre outras. Também sabemos que o uso indiscriminado de agentes químicos nas lavouras, assim como a mecanização excessiva das práticas agrícolas, ocasiona consequências para a terra, o ar, a água e os trabalhadores do campo. O bom é que também observamos um movimento de conscientização da população acerca desse tema, assim como o aumento das opções de compra de alimentos sem veneno no Brasil. Stellar procurou Você saber por que atualmente estamos nessa condição alimentar? Quais são os protagonistas da produção e venda de alimentos orgânicos no Brasil? É possívelVocê sabia que dá para planejar e encomendar a feira de orgânicos sem sair de casa? Preparamos um tutorial incrível sobre este tema, pensando na saúde das nossas crianças e no futuro que queremos para o planeta e condições dignas de trabalho.
Por que consumimos tantos alimentos com veneno no Brasil?
Lamentavelmente o Brasil é recordista mundial no consumo de agrotóxicos, e muitos institutos, como o Instituto Nacional do Câncer, alertam para as graves consequências deste consumo. O que nos trouxe a este cenário foi um processo histórico mundial iniciado na década de 1970 conhecido como Revolução Verde, que consistiu no aumento do uso de máquinas na produção agrícola, aumento na pesquisa e uso de insumos químicos na agricultura (não apenas com objetivo de combater pragas, mas também na adubação) e monocultura.
O que acontece no Brasil é a combinação de um território continental associado à intensa produção de commodities. Esta combinação fez com que as inovações trazidas pela Revolução Verde se instalassem no território brasileiro com fraca regulação governamental, o que gerou o atual cenário, que polui o meio ambiente e também prejudica a saúde.
A produção orgânica de alimentos acontece por meio de um sistema integrado de manejo do solo e das espécies vegetais que observa, estuda e respeita os ciclos biológicos, para que haja, de fato, sustentabilidade. Um grande nome na pesquisa desta área é a talentosa engenheira agrônoma Anna Primavesi, reconhecida internacionalmente pelas suas contribuições nos estudos das possibilidades de alimentar a população brasileira de maneira sustentável.
Para que a produção de alimentos não sobrecarregue o solo e possa ser feita sem uso de insumos químicos, é necessária a combinação de diferentes espécies na lavoura ao mesmo tempo, combinando plantas que dialogam entre si em suas necessidades. Por exemplo: uma plantação de milho pode ser combinada com a plantação de abóbora e de feijão, pois o caule do milho cresce para cima, gerando sombra para a abóbora, que por sua vez tem o caule que cresce rente ao solo, evitando a hiper-exposição solar e mantendo os nutrientes. O feijão possui o caule que precisa se apoiar no milho e fertiliza naturalmente o solo, já que libera nitrogênio ao longo de seu crescimento. Assim, as três espécies, se plantadas juntas, possibilitam uma agricultura sustentável, menos suscetível às pragas e doenças, e com adubação natural.
Essa produção, conhecida como agroecologia, apresenta largo potencial de expansão no Brasil, e ja pode ser encontrada em muitos pontos do país.
O Brasil em sua grandeza, além de ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, também é um país em grande expansão na produção orgânica, sendo considerado líder do setor na América Latina.
Segundo pesquisa do Sebrae, o mercado movimenta cerca de R$ 3 bilhões anualmente. A maior parte da produção se concentra em cooperativas e agricultura familiar. Os maiores estados na produção de orgânicos são: Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo.
O governo federal possibilita aos consumidores a consulta ao Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, por meio do link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/cadastro-nacional-produtores-organicos . Observa-se que atualmente a maior parcela de alimentos orgânicos produzida no Brasil vem do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, maior produtor de arroz orgânico da América Latina e grande exportador do produto. Nele trabalham famílias organizadas, muitas chefiadas por mulheres, a partir de técnicas ancestrais de produção.
Além do MST e das cooperativas, as ecovilas, a agricultura urbana e periurbana também concentram boa parcela da produção de alimentos orgânicos no Brasil, apresentando imenso potencial para desenvolvimento na área.
Para introduzir na rotina o hábito de comprar orgânicos, é importante conhecer algumas opções, adequando a compra ao nosso cotidiano. Na cidade de São Paulo, as principais lojas que oferecem alimentos orgânicos frescos são:
Caso você esteja fora de São Paulo, é possível também consultar as opções da sua região no Mapa de Feiras Orgânicas: https://feirasorganicas.org.br/.
Se a ideia é facilitar e fazer a feira da semana pela internet, também podemos contar com algumas boas opções de delivery de alimentos orgânicos, entre elas:
Veja aqui a seleção dos produtos mais acessados no último mês!
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