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Festa junina: origens e dicas para uma festa alegre e sustentável, em honra à cultura brasileira.

Uma das celebrações mais características da cultura brasileira, a Festa Junina é o momento de reunir a vizinhança, a família e a escola, em louvor à cultura brasileira tradicional e simples. Você conhece as origens desta festa tão linda? Está organizando uma festa junina na sua casa? Acompanhe nossas dicas para sua festa ser sustentável, responsável, animada, saborosa e cheia de alegria!


Origens da Festa Junina

As origens desta festa linda remetem à Idade Média europeia, numa tradição pagã de celebrar o solstício de verão, que no hemisfério norte ocorre no mês de junho. A sociedade, que era predominantemente rural, festejava a chegada do calor com cantos, comidas oriundas das lavouras e danças, como um pedido de proteção e bênçãos para o próximo plantio e colheita. Para proteção das lavouras dos maus espíritos, era acendida uma fogueira, tradição que até hoje marca a maioria das festas juninas pelo Brasil, embora muitas vezes desprovida do sentido inicial.

Na Península Ibérica, ocorreu a apropriação da festa de solstício de verão, incorporando a ela tradições católicas, que pela época em que ocorria, adaptaram a celebração aos dias de Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). Quando chegou no território brasileiro, a festa junina era estritamente religiosa, sendo chamada de Festa Joanina, por referência a São João. Hoje o nome se alterou pela proximidade sonora e também pelo mês de junho ser o mês em que é comemorada.

A comemoração típica brasileira da festa junina

Comum em todo território brasileiro, em especial no Nordeste, a festa junina é uma manifestação cultural em que se observa a expressão da cultura tipicamente rural. Tanto nas vestimentas, nas comidas típicas, na maquiagem, nas danças e músicas, trata-se de uma festa em louvor à cultura dos sertões brasileiros.

É importante lembrar de que se trata de uma festa em honra à cultura caipira e rural, porém precisamos ter o cuidado, em especial com as crianças, de não caricaturar a figura do caipira, estigmatizando-o, zombando de seu falar característico, de sua condição social e seus valores estéticos. Para evitar a apropriação cultural, podemos conversar com as crianças, valorizando a importância da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo, que produzem o alimento que todos nós consumimos e que são responsáveis pelo cuidado com a terra. 

Os trajes de festa junina são, sem dúvidas, belíssimos, por serem coloridos, divertidos e encherem nossos olhos de animação e vontade de festejar. Entre na onda você também, e se vista com seu melhor traje caipira. Conheça as designers paceiras da Stellar que entregam roupas de festa junina produzidas com alta qualidade e sustentabilidade.

Os reis da Festa Junina: o milho e o amendoim

A base dos alimentos da festa junina se concentra em duas espécies vegetais riquíssimas: o milho e o amendoim. O milho possui alta concentração de proteínas, carboidratos e fibras, e pode ser consumido na forma de canjica, pamonha, cuscuz (nordestino ou paulista), bolo, pipoca, curau, ou simplesmente o milho cozido.

Um dos motivos para que o milho esteja tão presente nas festanças juninas é que o mês de junho é o último mês da colheita do milho. Em geral, plantado entre os meses de dezembro e fevereiro, o milho é colhido de março a junho, portanto no mês em que comemoramos a festa junina, as lavouras estão repletas de milhos frescos e recém-colhidos para encher nossos olhos e paladares.

Uma boa ideia para arrasar tanto na decoração quanto no cardápio da sua festa junina é combinar cores e espécies diferentes de milho. Trata-se de um grão com variação imensa de cores originalmente, passando por lindos tons de vermelho, roxo, branco, amarelo, verde etc, até mesmo a combinação de várias cores numa única espiga. No Brasil, a ação humana, em especial na produção em monocultura, domesticou o milho, deixando-o predominantemente com a cor dos grãos amarela. Porém, ainda é possível encontrar tanto espigas quanto sementes de outras cores.

Para o ano que vem, fica bem interessante se a festa junina for também composta de pés de milho verdadeiros plantados pela família. Você pode até mesmo plantar em vasos, que deve ser de pelo menos 20 litros, com uma média de 30 a 50 cm de largura. Use terra vegetal com húmus ou adubo orgânico (do tipo bokashi), coloque cerca de quatro grãos por vaso. Os grãos precisam ser crioulos (orgânicos), já que a produção em monocultura gera grãos inférteis que, apesar de servirem como alimento, não podem ser usados para o replantio. O milho é uma espécie que necessita de incidência solar direta (no mínimo 4 horas por dia) para crescer saudável.

Plante seu milho em fevereiro para que em junho ele esteja alto e vibrante, assim como a energia da sua festa junina!

O amendoim, assim como o milho, é uma espécie que comumente é plantada, aqui no Brasil, no início do verão e colhida entre maio e julho, portanto a época da festa junina é farta deste grão. Seu valor nutricional varia entre gorduras, carboidratos e muita proteína.

O amendoim também pode ser plantado em vaso, precisa de bastante sol e água, mas não gosta de muito vento. A plantinha é linda, com folhas delicadas e agradáveis, vão compor bem com a decoração não apenas na festa junina, mas no dia a dia também.

Para plantar, você precisa da semente fresca e orgânica (crioula), não adianta plantar o amendoim processado ou torrado. Ele é colhido da raiz, portanto o vaso precisa ser fundo, com cerca de 35 a 45 cm de profundidade. Plante cerca de seis grãos de amendoim por vaso, e deixe o vaso em um local quente, ainda no momento do plantio, as sementes precisam de calor para germinar.

Na festa junina, o amendoim aparece na paçoca, no pé-de-moleque, no amendoim doce ou salgado ou mesmo no amendoim cru descascado na hora.

Enfeites Sustentáveis de Festa Junina

A festa junina é caracterizada por alguns elementos típicos que a enfeitam, como os balões, as bandeirinhas e mastros.

O balão tem origem portuguesa, e, embora seja personagem de músicas do cancioneiro popular, é considerado crime ambiental, portanto não pode ser usado em sua forma original. Entretanto, ele pode compor a decoração da festa, seja enquanto lustre ou enfeitando as mesas e paredes. É interessante que ele seja produzido pelas crianças, com a ajuda dos adultos, utilizando papéis reaproveitados, que podem ser pintados com tintas de terra (veja como fazer tinta de terra no nosso artigo aqui na Stellar). Para a armação, podem ser usadas madeiras também reaproveitadas de hashi ou espetinhos de churrasco, após serem higienizados.

As bandeirinhas ou bandeirolas são um dos elementos mais marcantes da festa junina. Sua origem remete à tradição católica de utilizar pequenos estandartes com as imagens dos santos da religião. Nas festas juninas mais antigas, os três santos homenageados na festa (São João, Santo Antônio e São Pedro) apareciam repetidamente nas bandeirinhas.

Atualmente, elas são usadas para colorir o ambiente, nem sempre com conotação religiosa. Faça as bandeirinhas reaproveitando folhas de revistas antigas, algumas, quando trazem fotos de natureza ou animais, ficam lindas e bem estampadas, não é nem necessário pintar. Corte as bandeirinhas (com ou sem participação das crianças, a depender da idade), meça o tamanho do cordão, cole antes de pregar o cordão na parede. Quanto mais bandeirinhas e mais coloridas, mais linda será a festa!

O mastro também pode ser feito, em especial se a festa for realizada num sítio. A origem dos mastros é anterior à tradição cristã, e remete aos povos antigos que costumavam levantar estruturas verticais com elementos sagrados no alto. Nas festas juninas tradicionais, o mastro é erguido o mais alto que puder com bandeirinhas na ponta, muitas vezes com a imagem dos santos homenageados. Em algumas comunidades, uma das brincadeiras é desafiar quem consegue subir o mastro e retirar a bandeirinha, ganhando, com a façanha, uma boa quantia em dinheiro. Esta é uma brincadeira apenas para os adultos.

Músicas e danças típicas para animar a Festa Junina

As músicas típicas para animar as festas juninas são o forró, o sertanejo e a música caipira.

As quadrilhas são danças que remetem à corte francesa, porém com muitas alterações até chegar aos nossos dias. O casamento que ocorre nas quadrilhas é uma homenagem a Santo Antônio e costuma divertir os participantes. Contudo, é necessário que tomemos cuidado com a maneira como é feito para as crianças, evitando a hipersexualização precoce. O narrador ou narradora é quem conduz e pode fazê-lo de maneira leve e divertida, de preferência casando um casal de adultos.

As brincadeiras e as prendas da Festa Junina

Fogueira

Uma das brincadeiras mais tradicionais é pular as brasas da fogueira quando ela está se apagando. A fogueira costuma ser acendida com as chamas bem altas, no dia 23 de junho (em homenagem a São João), fica acesa a noite toda e a brasa é pulada, geralmente no dia 24. Trata-se de uma brincadeira perigosa para crianças, que pode ser adaptada cortando pequenos papéis que simbolizam as brasas para que as crianças possam pular e também participar. Ganha quem der o salto mais alto e longo.

Pescaria

A pescaria também é uma brincadeira simples de fazer e fácil. Você pode improvisar com uma bacia grande, uma piscina inflável daquelas de levar à praia ou numa banheira. Coloque um pouco de água (há também quem faça com areia) e espalhe alguns peixes, que podem ser feitos pela família com papelão, caso a pescaria seja feita na areia. O importante é que ele tenha um gancho para ser fisgado e pescado. Improvise também com as varas de pescar e muito cuidado com o anzol, deve ser feito sem ponta para não oferecer riscos às crianças. Um clipe de papel dobrado com uma bolinha de borracha na ponta evita acidentes.

Galinha na panela

Essa é uma brincadeira bem fácil e simples de improvisar, e rende muitas risadas entre a família. Pegue uma panela bem grande e larga e um bichinho, de preferência uma galinha, daquelas de borracha. A galinha pode ser improvisada, feita de crochê, tricô ou tecido.

Um adulto, em pé, segura a panela e os participantes, a partir de distâncias variadas, precisam acertar a galinha dentro da panela. A dificuldade está na distância entre o participante e a panela, para os adultos essa distância precisa ser maior que para as crianças.

As prendas na Festa Junina

Muitas festas juninas dão presentes, as chamadas prendas, que costumam ser brinquedos baratos, doces ou “bombinhas” de estourar no chão. Os brinquedos, a depender da qualidade, costumam ser usados por pouco tempo pelas crianças, gerando lixo, e podem até mesmo oferecer riscos. As “bombinhas”, embora chamem muito a atenção dos pequenos pelo estouro que fazem, são feitas com pólvora e podem estourar na mão dos pequenos, causando acidentes.

Desta maneira, uma festa junina sustentável pode substituir essas prendas por mudas de plantinhas para levar para casa, uma prenda afetuosa, como um abraço, uma declaração pública de afeto ou um elogio sincero.

A família pode organizar um bazar com roupas e brinquedos para doação, que também podem compor as prendas, inserindo a brincadeira na economia circular, responsável e sustentável. Se for assim, o vencedor escolhe a peça ou o brinquedo do bazar para levá-lo para casa.

O mais importante na festa junina é o senso de comunhão e alegria que ela traz. No Brasil, a cultura rural é marcada por tradições que apontam para o trabalho coletivo e a comemoração em grupo, assim como observamos nos mutirões de plantio, colheita, construção de casas, e também em manifestações culturais típicas do meio rural, como os cantos de trabalho do cancioneiro popular. Organize e aproveite a festa com leveza, respeito às tradições sertanejas, à natureza e muita diversão!

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