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Inovar é um parto: documentário reúne empreendedoras que fundaram startups com foco em problemas menosprezados pela sociedade

Nesse bate-papo, Patrícia Travassos é a estrela-convidada que chegou para abrilhantar a constelação Stellar. Aqui ela conta como foi a curadoria e construção do documentário que conta a história de empreendedoras que conseguiram escalar propósito e criaram plataformas digitais que combatem, entre outros problemas, a violência doméstica, a pobreza menstrual e o preconceito racial 

Quantas mulheres você conhece que, após se tornarem mães, pariram também projetos incríveis, se tornaram grandes empreendedoras e viveram uma verdadeira reviravolta em suas vidas em todas as áreas, especialmente na vida profissional? Claro que boa parte do cenário descrito vem de uma necessidade que nem deveria existir: metade das mulheres são desligadas das empresas cerca de dois anos após a licença-maternidade, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), com de 247 mil mães, entre 24 e 35 anos.

Por outro lado, nem todas as mulheres são levadas a empreender por falta de opção. A lente de aumento que a maternidade coloca na vida das mães também tende a aumentar a busca por propósitos, inclusive na área de atuação profissional. Com a jornalista Patrícia Travassos foi assim. Depois de se tornar mãe de Isabela, há 8 anos, ela decidiu se especializar em inovação para ser capaz de explicar o mundo para uma criança com o olhar renovado. Fundadora do hub de conteúdo Prosa Press, a jornalista com 20 anos de experiência nas principais emissoras de rádio e TV, como TV Cultura, Globonews, CNN Brasil, GNT e Globo, cria documentários independentes autorais que refletem sobre o impacto das novas tecnologias no comportamento das pessoas.

Sua última criação foi o documentário “Inovar é um parto”, que reúne empreendedoras que fundaram startups e conseguiram escalar propósito. São plataformas digitais que combatem a insegurança alimentar, a violência doméstica, a pobreza menstrual, o preconceito racial e, claro, tem também espaço para serviços e soluções voltadas à saúde mental, sexualidade e prazer feminino.

Disponível online, o doc leva a muitas reflexões já nos primeiros minutos de exibição, em que Patrícia narra o seguinte texto: “Do que é feita uma grande travessia? Mais do que distância, cruzar qualquer oceano é sobre transformar. Se a coragem mora na borda do medo e até nas ondas os opostos se alternam, pensa na vida empreendedora: a potência e a vulnerabilidade, a razão e a intuição revezam o tempo todo. E aí entre o problema e a solução, o lucro e o propósito, quando a  tecnologia encontra a mulher, nasceu um movimento bonito de ver. Nasce uma revolução, que enfrenta tabus, combate injustiças, protege o essencial. Conectadas, nossas atitudes se confundem com ativismo e nos levam longe: bem pra dentro do ventre.”

Forte e potente. Assim é o documentário, as mulheres apresentadas nele e as soluções criadas por elas. Conheça a seguir um pouco mais sobre o filme e a história de vida da diretora que o tornou possível. 

Stellar – Como surgiu a ideia do doc “Inovar é um parto”?

Patrícia Travassos – Esse projeto reúne as duas principais vertentes do meu trabalho como jornalista: o empreendedorismo e a inovação. Quando eu abri a minha empresa para criar conteúdo independente, o primeiro tema no qual eu mergulhei foi o fenômeno das mães empreendedoras. A pesquisa virou uma série especial para as TVs Globo e Globonews e, depois, o livro “Minha mãe é um negócio” (Editora Saraiva). Um projeto foi puxando outro e, ao longo desses 10 anos de história, percebemos que as novas tecnologias estavam transformando o nosso jeito de viver. Decidi então adotar a inovação para nortear as pesquisas e reflexões.

O filme “Inovar é um parto” é o encontro desses dois assuntos. Queríamos questionar e entender o porquê de uma discrepância: as mulheres são maioria entre os empreendedores de novos negócios no Brasil, mas quando o assunto é a nova economia e os negócios de base tecnológica, menos de 5% das startups têm uma mulher entre os fundadores.

Stellar – Qual a importância de falar sobre a trajetória de mulheres fundadoras de startups e que escalaram propósitos, muito além de simples produtos ou serviços?

Patrícia Travassos – Porque eu acredito que sem propósito, não existe tecnologia que nos salve! E para desmistificar a tecnologia, é preciso focar no ser humano que está por trás dela. Ela é só a nossa ferramenta. O que queremos (e podemos) fazer com ela é o grande xis da questão. E é isso que o documentário retrata: um movimento potente capaz de impactar nossa realidade de forma positiva e sustentável.

Stellar – Quanto tempo levou desde a ideia até o filme pronto e o que mais te surpreendeu nesse processo de criação?

Patrícia Travassos – A ideia surgiu em 2018 ou 2019. Mas, como se diz por aí, o que vale mesmo é a execução. E entre a faísca e os fogos de artifício existe uma longa jornada…  Durante a pandemia, colocamos no ar uma série de lives já com o título “Inovar é um parto”, em que eu entrevistei dezenas de mulheres que precisavam inovar para driblar a crise e as ameaças aos seus negócios. Em seguida, captamos patrocínio da Zup, da 99 e do Grupo Fleury para realizar o filme. Com recurso em caixa, formamos equipe e começamos a aprofundar a pesquisa, a arredondar o conceito e a criar o roteiro e a linguagem do filme. As gravações aconteceram no segundo semestre de 2021. E o filme foi lançado na semana do empreendedorismo feminino, em novembro de 2022.

Stellar – O documentário está rodando escolas públicas. Qual a importância de tornar esse conteúdo acessível a todas as pessoas e como tem sido o feedback desse trabalho?

Patrícia Travassos – O doc foi realizado com o apoio do PROMAC. Essas exibições nos CEUS de São Paulo são uma contrapartida obrigatória prevista na lei municipal de incentivo à cultura. É sempre muito bacana ver a reação de pessoas com diferentes repertórios e experiências diante do filme. Nos faz refletir e aprender muito sobre a forma como contamos e devemos contar nossas histórias. Nesta semana, no CEU Sapopemba, tive o prazer de apresentar o filme e passar cerca de uma hora debatendo com alunos da ETEC sobre as oportunidades de futuro que a tecnologia abre para os jovens da periferia.  Como eles podem conectar o aprendizado em sala de aula com os problemas reais de onde vivem e transformar suas próprias ideias em negócio? Já apresentamos o projeto nos CEUS de Campo Limpo, São Mateus, Casablanca. E ainda vamos a Perus nos próximos dias. Nossa intenção é inspirar e aprender!

Stellar – Podemos esperar mais documentários sobre mulheres com a sua curadoria e direção? 

Patrícia Travassos – Com certeza! O tema é fascinante e sugere múltiplos recortes e abordagens. Depois do filme, gravamos uma websérie com empreendedoras de todos os estados brasileiros para que pudessem compartilhar seus desafios de empreender em ecossistemas que vão além do eixo Rio-São Paulo. Agora, tem um outro desdobramento do projeto com foco em fundadoras de startups voltadas para a sustentabilidade no agro. E nessa semana, depois da exibição do filme no CEU Sapopemba surgiu uma outra ideia, que compartilho em breve com vocês!

E você? Já conhecia o documentário dirigido por Patrícia Travassos? Tem outros projetos inspiradores criados por mulheres e para mulheres para nos recomendar? Iremos adorar essa troca! Deixe seu comentário aqui nesse post

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