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Pequenos cientistas: 3 maneiras de plantar e estudar o feijão do dia a dia

Sabemos como as crianças aprendem o tempo todo, todo o dia, “apenas” observando e vivendo seu cotidiano, como pequenos cientistas. Encontrar atividades divertidas e que eduquem o olhar de nossos filhos também pode ser um desafio, principalmente no corre-corre em que vivemos. Por isso, vamos conversar um pouco sobre essa experiência já bastante difundida, simples e, ao mesmo tempo, riquíssima, como plantar e estudar o feijão em casa. Vamos lá?

Como plantar e estudar o feijão no algodão?


Fazer brotar o feijão no algodão com crianças é uma experiência que surgiu em escolas estadunidenses na década de 1950. Não por acaso, momento em que a humanidade vivia o início do processo de mecanização do campo, o estudo e a modificação das sementes em laboratório, além da utilização de insumos químicos e agrotóxicos nas lavouras.

Esse processo acabou por nos afastar de uma relação consciente e próxima com os nossos alimentos, tanto que hoje a maioria das famílias que vivem em ambientes urbanos encontra sua comida apenas nas prateleiras dos supermercados ou feiras.

Mas de onde vêm nossos alimentos? Como eles nascem? É sério que também são organismos vivos? Essas são perguntas muito interessantes que despertam nas crianças não apenas o interesse pela atividade, mas também maior consciência de seu papel enquanto cidadão no mundo e até mesmo podem abrir uma porta para se relacionar melhor com a alimentação.

O propósito da experiência do algodão no feijão é lembrar que a planta com a qual nos alimentamos vem de uma semente, e é viva, assim como nós! A experiência é bem simples. Vocês vão precisar de:


  • Um recipiente: um copo, um pratinho, uma tampa (que tal reutilizar algo que estaria destinado ao lixo?)
  • Algodão, ou papel higiênico, ou papel toalha
  • Água
  • Feijão

Para fazer, também é simples: coloque o algodão ou papel no recipiente, uns dois ou três grãos de feijão por cima e um pouquinho de água. Todos os dias continue colocando um pouquinho de água e veja como é linda a coragem da semente que se rompe a brotar!

Vá além com a experiência do feijão no algodão!


Neste momento da experiência, faça algumas perguntas para despertar o interesse da criança: porque a semente brotou quando a colocamos com água no algodão? Por que a semente não brota no saquinho do supermercado? 

Aqui, vale lembrar e conversar com a criança sobre as necessidades que as plantas, enquanto seres vivos, têm para sobreviver. O grão de feijão no saco do supermercado está inativo, devido aos hormônios que a planta produz e que secam as sementes.

Se tiverem a oportunidade, comparem um feijão carioca ou preto, com feijão verde, fresco. Vejam como eles são diferentes na textura, no tamanho, na cor e no cheiro!

Os grãos secos ficam conservados e permitem na natureza que a semente esteja “disponível” por mais tempo, e assim seja levada para outros lugares, auxiliando na disseminação da espécie. O feijão brota no algodão porque a água, a luz e o oxigênio despertam o embrião que está dentro do grão.

Influência da luz na germinação do feijão


E que tal brincar com a relação entre a germinação e a luz? Experimente fazer a mesma experiência, mas coloque o algodão dentro de uma caixa de sapato tampada, cortando uma pequena abertura num dos cantos da tampa da caixa.

Deixe a caixa num local iluminado e coloque o algodão lá dentro, um tanto longe de onde está a abertura. Continue molhando um pouquinho todo dia, e vejam que a planta cresce em busca da luz. Será que ela consegue sair da caixa?

Dá pra comparar a planta que cresce na caixa e a que cresce fora da caixa, e conversar sobre a alimentação da planta, a necessidade de luz, água e nutrientes. Mas como assim, mãe, quer dizer que até o alimento precisa se alimentar? Pois é, vivemos todos um lindo ciclo de vida!

É possível também colocar a semente no algodão com vinagre no lugar da água, ou ainda colocar água com sal, e comparar com outra germinada apenas com água.

Lembrem-se de fazer uma plaquinha pra saber qual está sendo regada com água pura e qual levará vinagre ou sal. Compare os resultados! Você verá que apenas com água pura é que a semente vai germinar. O vinagre ou o sal vão desidratar a semente e o embrião morrerá lá dentro.



Aproveite e converse sobre a importância da água para a manutenção da saúde de todos os seres vivos. Inclusive a nossa! Depois, dá até pra lembrar desta experiência no momento em que a criança se negar a beber água! Fica a dica! 😉

Mas saiba que esses momentos tão ricos, simples e divertidos não precisam parar por aí. Nós podemos aproveitar o ensejo e levar o broto ao solo. Prepare um vaso em casa e coloque o broto na terra. Observem a planta crescer, dar flores e vagens.

Se não for possível fazer em casa, tentem plantar na praça do bairro, no condomínio se for possível, quem sabe tem alguma horta comunitária por perto?


O solo é um ambiente riquíssimo, assim como o corpo humano. Uma pequena porção de solo vivo tem mais seres do que a população humana no planeta Terra! Observar as várias formas que a planta assume até produzir o feijão na vagem é emocionante e muito curioso. Para além de ver a semente brotar, podemos observar a planta do feijão se desenvolver, gerar flor, depois a vagem, a semente (feijão verde), em seguida a semente seca, amadurece, e daí vem a colheita, a planta morre, mas dispersa suas sementes. É um lindo ciclo. Com certeza você e as crianças vão amar!


Nesse momento, podemos lembrar que a semente carrega dentro de si todos os nutrientes de que precisa para brotar e crescer um pouco, e é justamente por isso que nós a comemos, porque isso a torna tão nutritiva e saudável. Mas depois que cresce um pouquinho, ela não consegue mais sobreviver no algodão e precisará ser levada ao solo, ou então a planta morrerá.

Ah, e claro que essa experiência pode ser ampliada para observação de vários outros alimentos vivos que temos em casa. Sabe aquela batata doce ou inhame que passou do tempo e brotou?

Que tal observar seu crescimento no solo? Ou ainda, já pensou em plantar as sementes do tomate do almoço de ontem? Sabe aquelas raízes do coentro e da cebolinha? Tudo isso pode virar diversão, ótimas conversas e consciência ambiental, para que possamos, junto aos nossos pequenos cientistas, ajudar a construir um mundo melhor. Afinal, plantar também é amar. Plante, viva e ame!


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