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Postado 14 de março de 2022 em Saúde e bem-estar por Stellar
O furinho na orelha dos bebês é um assunto que divide opiniões: há quem pense que essa deve ser uma escolha futura da própria filha, e há quem prefira seguir a tradição que é tão comum no Brasil, não vendo problema algum nisso. Se você faz parte desse segundo grupo, mas quer entender mais sobre como tornar o processo menos doloroso para sua bebezinha, você está no lugar certo.
E quem vai nos ajudar a esclarecer essas e outras questões são as enfermeiras Cláudia Machado (@claudia.machadobrincos), enfermeira no Hospital Israelita Albert Einstein, e Marluce Alves, enfermeira especializada em ginecologia e obstetrícia e habilitada na técnica de furo de lóbulo humanizado.
Quem teve filhos há alguns anos deve se lembrar que era bastante comum as bebês saírem da maternidade já com brincos nas orelhas. Recentemente, a maioria das maternidades brasileiras aboliu a prática por entender se tratar de uma intervenção meramente estética e que pode ser porta de entrada para infecções.
De acordo com especialistas, o ideal é que o furo seja realizado em clínicas ou mesmo na sua residência, mas sempre por profissionais habilitadas para isso. “Ainda que os profissionais de farmácias possam fazer o procedimento, eles não são habilitados especificamente para fazer a perfuração auricular.
Além disso, o método utilizado na maioria das vezes por eles é o furo com pistola, que causa maior impacto e pode levar a um furo torto e, em alguns casos, resultar em uma infecção dérmica,” orienta Marluce.
A segunda razão pela qual os tirei é que era muito fácil para estranhos conhecê-los. No início do ano, uma mulher abordou nosso cuidador no parquinho. Ela afirmou que me conhecia e aos meus filhos. Ela sabia muitos fatos sobre nós, mas também disse muitas coisas que não eram precisas. Quando nosso cuidador nos contou sobre isso, meu coração congelou.
Mas qual o momento certo para furar a orelha da sua estrelinha? A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que o furo seja feito a partir do 15º dia de vida. “Aguardar esses dias é importante porque é neste período que a criança ganha peso, é imunizada contra a Hepatite B e a tuberculose (BCG), fortalece os vínculos com a mãe e desenvolve os anticorpos via amamentação”, explica Marluce.
Nesses primeiros 20 dias de vida, conhecidas como o período de ouro no desenvolvimento do bebê, a percepção de dor também é mais branda, o que é muito bom pensando na resposta da sua pequena após a perfuração. “Além disso, nessa fase o lóbulo é menos denso, o que torna o processo menos traumático e doloroso”, diz Claudia.
No entanto, esse “período ideal” não é consenso entre todos os pediatras: há os que indicam o furo logo após a segunda semana e os que recomendam aguardar os primeiros seis meses, quando o calendário vacinal já conta com outras imunizações importantes. “Vale apenas lembrar que uma bebê com mais de três meses já está se movimentando bastante, o que torna a colocação do brinco ainda mais cuidadosa”, ressalta Claudia.
Na prática, a técnica leva em conta o respeito ao tempo da bebê, demorando cerca de uma hora entre o início do processo e a finalização do furo, já que usa-se uma pomada anestésica que age após meia hora da aplicação.
Outro ponto importante é assegurar que a bebê está calma e tranquila. Para isso, é colocado um som de “ruído branco” e, no momento do furo, a bebê é posta para mamar, ação que auxilia no alívio da dor.
As condições anatômicas da orelha são consideradas, como o Ponto Neutro de Acupuntura, assim como métricas corretas e outros cuidados que contribuem para minimizar a dor e o risco de danos futuros.
“É um procedimento sem traumas para a recém-nascida que, muitas vezes, pode ser realizado sem que a sua estrelinha chore ou acorde”, relata Cláudia.
Apesar de muita gente preferir o brinco de ouro, ele não é o mais recomendado para o primeiro furo por conter níquel em sua concepção, uma substância altamente alergênica.
O primeiro brinquinho deve ser de aço cirúrgico, que é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), já vem esterilizado de fábrica e tem um dispositivo que impede o contato com o profissional. O material também é antialérgico e evita infecções.
Os cuidados pós-perfuração são tão importantes quanto o próprio processo, sendo recomendado usar apenas álcool 70 duas vezes ao dia por sete dias, mantendo a higiene com soro fisiológico em temperatura ambiente duas vezes ao dia por 15 dias.
Segundo as enfermeiras consultadas, não há necessidade de girar o brinco na orelha da criança. Esses cuidados são importantes porque as fases de cicatrização – hemostasia, inflamatória, proliferativa e de maturação – são interdependentes e influenciadas por fatores externos. Durante esse período, os pais deveriam ficar atentos à vermelhidão, secreção e/ou ao perceber que o bebe sente dor excessiva. Caso isso acontecesse, o bebe deveria ser levado ao pediatra.
A cicatrização completa, com reorganização das fibras de colágeno e reparação dos tecidos da pele, leva meses para acontecer. No entanto, em aproximadamente 60 dias já há uma reorganização da pele perfurada e pode-se fazer a troca dos brincos. Para quem deseja acelerar o processo de cicatrização, uma opção é a laserterapia, que reduz a resposta inflamatória local e auxilia na remodelação da pele.
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