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Ter relações sexuais próximas à criança, pode interferir no seu desenvolvimento e causar traumas.

Por mais inofensivo que possa parecer, o ato sexual dos pais, ainda que cheio de amor, pode trazer consequências para bebês e crianças, que ainda não têm o sistema nervoso nem o aparelho psíquico prontos para lidar com a sexualidade. Quem explica sobre o assunto é a nossa estrela-convidada, a psicoterapeuta Flavia Penido, especialista em trauma e saúde mental materno-infantil 

Você já deve ter visto circular pelas redes sociais alguns vídeos de psicólogas e educadoras sobre a importância de jamais fazer sexo próximo aos bebês ou crianças, ainda que eles estejam dormindo. Num primeiro momento, pode até parecer exagero, mas a verdade é que traz prejuízos à criança. “Embora a sexualidade dos pais possa ser um ato repleto de amor, bebês e crianças ainda não têm capacidade cognitiva nem de linguagem para processar. Ouvir ou presenciar o ato sexual pode ser realmente muito impactante para bebês e crianças causando traumatização emocional”, afirma a psicoterapeuta Flavia Penido, especialista em trauma e saúde mental materno-infantil. E o mesmo vale quando bebês ou crianças estão dormindo, já que mesmo não entendendo o que está acontecendo, eles podem se sentir sobrecarregados com a falta de compreensão do ato. “Mesmo dormindo estão ressoando no ambiente e recebendo informações sobre ele, além do fato que os bebês têm leves despertares durante seus ciclos de sono ”, conta a especialista. 

Reflexos no desenvolvimento e comportamento

Todos os adultos já devem saber que o sexo é um fato da vida e também uma atividade que apenas adultos têm capacidade de decidir e consentir. A sexualidade tem consequências, por isso, em sociedade sofre-se as repressões, sendo o sexo também marcado por tabus. Na psicologia existem muitos estudos sobre o tema da sexualidade, assim como sobre crianças que presenciam o ato sexual. “E embora alguns adultos não tenham uma memória narrativa do que presenciaram na infância, eles têm uma memória implícita do que foi vivenciando. Na psicologia já foi demonstrado que muitos adultos que presenciaram algum ato sexual durante a sua infância guardam em si experiência traumática que repercute em variadas dinâmicas ainda atuais em suas vidas adultas, com relação à sua sexualidade, relacionamentos com outros, vivência de abusos, entre outros”, diz a psicoterapeuta. 

Além disso, pessoas que, quando crianças, presenciaram o ato sexual dos pais, relataram em pesquisas que, pela falta de compreensão, acreditavam que um dos pais estava sendo violento com o outro.  Por isso, é importante afirmar que para as crianças, as consequências podem resultar em sintomas que interferem no desenvolvimento e traumas que terão ressonância no futuro.  “Crianças não têm o sistema nervoso nem o aparelho psíquico pronto para lidar com a sexualidade, então sim: podem interpretar como invasão física e violência, e podem vivenciar essa experiência como abuso, de forma que ao expressar suas angústias, elas podem ser semelhantes às formas de crianças que foram abusadas”, ressalta Flavia Penido.

Sinais de alerta

A experiência traumática internalizada quando ainda não temos tanta linguagem fica guardada no nosso corpo e, muitas vezes, por não ter a narrativa, elas podem ser processadas por crise de choro ou fúria, por exemplo. “Assim como a criança não tem a memória narrativa, ela não faz diferenciação completa do que ela vivencia em seu corpo ou que ela presencia como cena. Lembrem-se que bebês e crianças são muito ligados à sobrevivência e, por isso, são muito perceptivos do ambiente em que vivem”, diz. Irritabilidade, angústia, choro, ansiedade, pesadelos e uma rotina mais perturbada podem ser sinais emitidos pela criança que está inserida no mesmo ambiente onde os pais fazem sexo ou que ouviram ou presenciaram a cena. 

Na dúvida, se sua criança apresenta esses comportamentos e esteve inserida nesse cenário, vale conversar com um especialista em psicologia infantil especializado e de sua confiança. E para quem não notou comportamentos diferentes na criança, mas está habituado a ter relações próximas à criança ou até já foi flagrado por ela, vale demonstrar carinho no relacionamento com o parceiro ou parceira, para que a criança entenda que não houve violência entre os pais, de modo a tranquilizar-se. “Se houver uma conversa, que ela seja adequada às perguntas que a criança tem capacidade de se fazer. É  importante evitar fingir que nada aconteceu, e deixar que a criança pergunte e expresse suas preocupações. Mas, sobretudo, evitar que se repita”, conclui a psicoterapeuta.

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