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Postado 11 de abril de 2023 em Saúde e bem-estar por Stellar
Muita ou pouca sensibilidade,dificuldade para detectar ou interpretar a entrada sensorial do ambiente ou do próprio corpo são alguns sinais do transtorno. Para entender mais sobre o assunto, ouvimos a estrela-convidada neuropediatra Gabriella Oliveira
Recentemente a atriz e apresentadora Giovanna Ewbank contou em seu podcast “Quem Pode, Pod”, como descobriu que Bless, seu filho do meio com Bruno Gagliasso, tem o Transtorno de Processamento Sensorial: “Durante a pandemia, o Bless começou a ficar muito aéreo, fazendo algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a pensar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro”, disse. O assunto viralizou na internet e muitos pais passaram a buscar no Google o que seria a tal síndrome.
Stellar conversou com a neuropediatra Gabriella Oliveira (CRM185775 RQE81892) para entender o que é, afinal, essa condição e também como é feito o diagnóstico e tratamento:
É uma inabilidade do cérebro processar e integrar as informações que ele capta do ambiente pelos sistemas sensoriais tátil, olfativo, proprioceptivo (responsável pela percepção do nosso corpo no espaço, através de receptores nos músculos, articulações e ligamentos); vestibular (com receptores localizados no ouvido interno, estimulados pelo movimento, responsável por registrar a posição do nosso corpo em relação à Terra, influenciando na segurança física); interoceptivo (responsável pela percepção das alterações fisiológicas internas, como fome, sede, batimento cardíaco, vontade de urinar, defecar); oral, auditivo e visual. “ Os Transtornos do Processamento Sensorial estão divididos em três tipos: Transtorno da Modulação Sensorial, que é como a pessoa ajusta as informações sensoriais, dependendo da intensidade, frequência, duração, complexidade e novidade dos estímulos; o Transtorno da Discriminação Sensorial, quje diz respeito a como se percebe o estímulo, marcados por dificuldades em identificar ou discriminar a intensidade e características dos estímulos sensoriais; e Transtorno Motores de Base Sensorial, que são relacionados à posturais e déficits na execução dos movimentos.
Os sintomas apresentados pela criança com TPS vão variar de acordo com o perfil do transtorno, podendo variar de leves até os graus mais severos. É muito comum que familiares ou pessoas próximas achem que a criança é mimada ou quer chamar atenção ao apresentar os sinais da TPS. Por isso é importante entender quais são os principais sinais de alerta para o transtorno. As possibilidades são variadas:
Não existem exames laboratoriais ou de imagem para diagnosticar um TPS. O diagnóstico é clínico e depende de profissionais capacitados na avaliação da criança e na identificação de condições associadas e diagnósticos diferenciais. É importantíssimo que a família procure um profissional da Terapia Ocupacional e o neuropediatra. Já o tratamento visa o desenvolvimento da capacidade de processar, organizar e interpretar as sensações pelo cérebro. “Para isso é feita a terapia com Terapia Ocupacional em integração sensorial. O plano de intervenção é centrado na família e com base em avaliações de integração sensorial que identificam as alterações sensoriais e as trabalham com demandas individualizadas, a depender do perfil daquela pessoa”, explica a especialista. Para ter bons resultados, é fundamental que a família siga as condutas propostas pela equipe que acompanha a criança, reproduzindo as orientações passadas na rotina da criança. Por não ser uma doença, também não se fala em cura. O tratamento cria habilidades para melhorar o processamento dos estímulos sensoriais e envolve estratégias a serem utilizadas por toda a vida.
Apesar da causa exata ainda não ter sido identificada, a médica conta que as evidências mais atuais acreditam que o TPS apresenta forte componente genético. As características apresentadas muitas vezes são atribuídas ao autismo, mas na verdade o TPS é um distúrbio que pode ou não estar relacionado ao Transtorno do Espectro Autista. “A dúvida é comum pois o TPS é bastante frequente nas pessoas autistas, assim como associada a outros transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), paralisia cerebral e deficiência intelectual. Porém, também podem ocorrer em casos não relacionados a esses”, finaliza Gabriela.
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