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Postado 29 de dezembro de 2022 em Saúde e bem-estar por Stellar
É inegável que a vida e a rotina dos casais que têm filhos mudam. Para muitos, essas mudanças começam já durante a gravidez. Outros vão sentir o “baque” no relacionamento a dois após o nascimento dos pequenos. Uma pesquisa feita com 2 mil casais britânicos sobre “Expectativa x Realidade”, realizada pelo site Help-Link.co, mostrou que um em cada 5 casais simplesmente não tem mais relações sexuais após a chegada dos filhos. 56% deles responderam que lutam para conseguir um dia no mês para transar, e 24% não estão nada satisfeitos com a vida sexual. E não é só sexo que falta: 31% deles não estão mais apaixonados; 12% passaram a dormir na cama com a criança mais que três vezes por semana.
Se você se reconheceu em algum desses pontos, definitivamente, você não está só. Mas como melhorar essa situação? Primeiramente, com diálogo. “Essa conversa honesta deve acontecer várias vezes ao longo do período de espera do bebê e também depois do parto. Isso porque ser mãe ou pai pode ter diferentes significados para cada um. O casal precisa conversar entre si também para entender o significado dessa experiência para o parceiro ou a parceira, até para entender como o outro enxerga a jornada”, conta a psiquiatra Livia Mathias, do Rio de Janeiro.
Essa é uma pergunta que muitos casais fazem. E a verdade é que não existe uma receita de bolo ou fórmula do sucesso para ter a vida de antes. Não espere que a vida volte a ser exatamente a mesma, mas esteja aberta para se reinventar, individualmente e como casal. Existe algo muito importante que se chama: alinhar expectativas. Se a realidade de hoje não é mais a de ontem, por que querer voltar ao que era? Não seria melhor concentrar energias em fazer do presente o melhor possível dentro dos contextos reais? Quando o casal passa a enxergar por essa ótica, ambos passam a entender que viver uma experiência como essa pode uni-los ainda mais. “A decisão de ter filhos deve vir quando os dois estão abertos a priorizar o bebê, sabendo que, por um tempo, o foco vai ser cuidar daquele serzinho. E isso envolve exaustão física e mental. Por isso, minha dica é: cuidem um do outro. Sejam maduros. Aceitem que o outro vai direcionar mais os cuidados ao bebê do que à você. É uma questão de necessidade e dependência, então, não se cobre tanto e também não cobre tanto do outro. Esteja junto e presente”, orienta a especialista.
Para além da exaustão mental, emocional e física que ter um bebê em casa pode gerar – troca fralda, dá banho, amamentar…. tudo isso num looping eterno – é preciso entender também que, muitas vezes, a falta de vontade de transar está muito ligada às questões hormonais, especialmente nas mulheres. “É de se esperar que aconteça uma redução de libido no pós-parto. E isso acontece também pelas transformações físicas e as oscilações hormonais no organismo da puérpera”, pontua a psiquiatra.
Se após o parto existem chances do surgimento do baby blues (estado de tristeza que dura cerca de um a dois meses após o nascimento do bebê) e até depressão pós-parto, há também questões ligadas à amamentação. Ao dar de mamar, a mulher tem a produção de prolactina aumentada, o que, por sua vez, inibe as ovulações e o desejo de ter relações sexuais. Somado a isso, o desinteresse sexual tende a ficar mais acentuado quando o parceiro não participa do cuidado e sobrecarrega a parceira. Isso provoca ressentimento e atrapalha muito a conexão do casal. Mais uma vez, o diálogo é importante para que o casal consiga atravessar juntos essa etapa dos primeiros meses com um bebê em casa.
Com a chegada do bebê, o aspecto materno se torna o principal na identidade da mulher e é importante que seja assim. No entanto, vale relembrar que essa mulher é outras coisas além de mãe. Muitas vezes o parceiro começa a olhar para aquela mulher que antes ele desejava apenas como a mãe do bebê. “A ideia da mulher como mãe, que se tornou meio santa, sem sexualidade, é uma ideia bastante comum, porém, equivocada, ultrapassada e que atrapalha a retomada da vida sexual do casal após a chegada do bebê”, diz Livia.
Outro ponto, muitas vezes inconsciente, é que alguns casais podem pensar que, por terem tido um filho juntos, já não existem motivos para o sexo. Isso fala de uma crença do sexo para procriar. “Essa lógica acaba com a noção de prazer e de estar em contato com o corpo. Corpo é conexão, com você e com o outro. Muitas vezes as pessoas têm crenças inconscientes, que não se dão conta. A conversa honesta também precisa ser interna para entender os seus motivos para um determinado comportamento e repensar isso”, aconselha a especialista.
Se o desinteresse sexual persistir por um longo período de tempo, passados os primeiros meses do bebê, cabe ao casal pensar os motivos disso. Passar por avaliação profissional, até para ver se está acontecendo uma depressão puerperal, é importante. Muitos casais não conseguem se realinhar e reconectar sozinhos. A ajuda profissional pode ser muito bem-vinda nesses casos, afinal, ter um filho é um marco na vida. É de se esperar que não seja como antes. O casal mudou. As mudanças depois do parto podem gerar uma espécie de luto, porque se perdeu a vida como era antes”, diz.
Para os casais que estão dispostos a colocar intencionalidade em suas ações em busca de melhorar a relação a dois, a psiquiatra Livia Mathias traz algumas sugestões que podem ajudar a reacender a chama.
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